Ter uma horta em modo biológico tem muito que se lhe diga no que diz respeito ao controlo de pragas e infestantes. É preciso sempre estar um passo à frente e tentar prevenir qualquer mal que possa afectar as culturas.
No caso das couves, nas suas mais variadas formas e tamanhos, brócolos, e afins (essencialmente da família das Brassicaceae), a lagarta é uma das principais preocupações. Crescem escondidas nos cantos e recantos das folhas, e quando damos por elas, já a planta está ser comida por várias frentes.
É preciso estar muito atento, ir verificando as folhas regularmente, e retirar manualmente as lagartas que vão aparecendo. Uma forma de as apanhar de uma vez é colocar canela na planta (existem produtos à base de canela no mercado certificados para agricultura em modo biológico). As lagartas afastam-se do cheiro e deslocam-se para as partes mais altas da planta. Nessa altura, retiram-se da planta sem grandes problemas.
Cá no Monte do Laranjal ainda não utilizámos esta técnica, tem sido tudo manualmente.
As couves-flor estão lindíssimas na nossa horta. Já consumimos quase todas as que semeámos na primeira fase e agora estão a ficar prontas as que semeámos posteriormente.
Estas já não são tão grandes como as primeiras pela época em que foram transplantadas. Apanharam mais frio e desenvolveram-se a um paço mais lento. Mesmo assim, embora não pesem tanto, são com certeza muito saborosas…
Nota: estas couve-flor foram plantadas com tela e têm desenvolvido muito bem. O controle das ervas daninhas é muito maior e o trabalho é muito reduzido.Finalmente conseguimos montar o nosso ponto de compostagem dentro da horta. Optámos por uma unidade de dimensão maior a calcular pela quantidade de lixo orgânico que se produz. Contamos em ter de arranjar um segundo ponto do outro lado da horta já que o composto demora muito tempo a formar-se. Assim quando um já estiver cheio, temos outro a uso.
Já agora, reciclámos uma palete de madeira para a sua construção, e utilizámos rede para conter a matéria orgânica em decomposição no lugar.
Semeámos alguns pés de girassol no final de três ou quatro linhas na horta. Ficaram perto dos tomateiros e dos pimenteiros. Dão sempre uma cor bonita à horta e é muito típico das hortas portuguesas.
Não quisemos faltar à tradição e para nos compensar, já temos os rebentos à vista.
Aqui fica a imagem de um deles…
Experimentámos utilizar a tela para ajudar a controlar as ervas daninhas e aumentar a qualidade do fruto/legume produzido. Até agora estamos muito satisfeitos! Quase que não é preciso mondar, a rega também é reduzida e as plantas estão felizes e contentes. Vale a pena – são muitas as vantagens!
Já temos pepino pronto a colher. As sementes que comprámos estavam com certeza misturadas e inesperadamente apareceram-nos duas variedades diferentes. Um alongada e verde escura e outra mais grossa e verde clara. Ambas são deliciosas e frescas.
Aqui fica a imagem da variedade mais clara e que fica magnificamente numa salada!
Tivemos um grande ataque de pulgão este ano, aliás como parece ter havido pelo país fora, e estávamos com algumas dúvidas se as melancias iriam conseguir crescer. De facto tínhamos essas dúvidas em relação a várias plantas, mas parece que estão a conseguir vencer esta pequena batalha! Já se vêm pequenos melões, tomate de várias qualidades, pepino, courgetes, beterraba, pepinos e feijão verde.
A primeira sementeira de batata foi feita no Carnaval, e não nasceu muito bem. A chuva foi muito intensa e alguma apodreceu. Mesmo assim, quando chegou a altura de a tirar da terra, ficámos encantados com o tamanho da batata e do sabor fantástico que tem.
Este ano a semente do feijão verde tem sido difícil de vingar… ou seja, já vamos na terceira tentativa e só metade dos que colocamos na terra é que germinam. O problema é geral pelas redondezas, e até já ouvimos falar de problemas semelhantes no norte do país. Será que é de ter sido um ano com tanta chuva? Será que o feijão está com tendência a apodrecer nestas condições? Ou será que estamos com má sorte com a semente?
Entretanto alguns pés já estão a trepar pelas canas como mostra a nossa fotografia.
Com tão pouco tempo de transplante, já temos pequenas courgetes a aparecer na horta. São pequenas, mas já há bastantes. Plantámos poucos pés e mesmo assim esperamos que a colheita seja boa. Ainda vamos a tempo de plantar mais alguns… parece que vale mesmo a pena!