Ter uma horta em modo biológico tem muito que se lhe diga no que diz respeito ao controlo de pragas e infestantes. É preciso sempre estar um passo à frente e tentar prevenir qualquer mal que possa afectar as culturas.
No caso das couves, nas suas mais variadas formas e tamanhos, brócolos, e afins (essencialmente da família das Brassicaceae), a lagarta é uma das principais preocupações. Crescem escondidas nos cantos e recantos das folhas, e quando damos por elas, já a planta está ser comida por várias frentes.
É preciso estar muito atento, ir verificando as folhas regularmente, e retirar manualmente as lagartas que vão aparecendo. Uma forma de as apanhar de uma vez é colocar canela na planta (existem produtos à base de canela no mercado certificados para agricultura em modo biológico). As lagartas afastam-se do cheiro e deslocam-se para as partes mais altas da planta. Nessa altura, retiram-se da planta sem grandes problemas.
Cá no Monte do Laranjal ainda não utilizámos esta técnica, tem sido tudo manualmente.
Temos estado a consumir os brócolos que estão prontos, mas não chegamos a todos… Alguns foram mais rápidos que nós e espigaram, ou floriram, e já não se podem comer.
Tem duas vantagens – fora a grande desvantagem de não os poder comer! A primeira é que as flores dão em seguida as sementes que podemos utilizar na próxima época. A segunda, e mais imediata, é que a nossa horta torna-se num jardim florido… Aliás, parte da plantação deveria ser planeada para ficar a decorar e fazer com que a horta faça uma parte integrante do jardim. Não é difícil!
Finalmente temos brócolos prontos para colher (e tem de ser rápido antes que espiguem…). Já os provámos e são muito saborosos, com um sabor muito diferente daqueles que se compram no supermercado.
Vale mesmo a pena ter uma horta! O peixe grelhado nunca esteve tão bem acompanhado…